Vinagre é um condimento indispensável para uma alimentação correcta e saborosa. Pena é não ser um condimento apreciado numa defesa que aspira a ser algo mais que medíocre. Regar um muro defensivo a Vinagre é uma certidão de óbito para o batimento cardíaco de qualquer Mijter que se preze.
Com Vinagre, o mel sabe a fel.
Constantino fazia gala de um nome sui generis e um talento sobrenatural para fazer mossa na chapa contrária. Mítico avançado da colectividade abençoada pela Petrogal, salpicava terrenos que só os grandes podem pisar com velocidade de ponta e faro para o golo.
Constantino era pequenino, mas a muitos torceu o pepino.
Rodolfo era um cepo centrocampista que não era bom a atacar, nem a defender, antes pelo contrário.
Parte do mítico pack Amadora-Antas que levou o extremíssimo extremo Paulo Ferreira à Invicta passar férias, Rodolfo assumiu-se como um excelente motivo para os grandes repensarem toda a sua política de contratações durante anos. Ou então não. Mas deveria ter sido. O ponto alto da sua carreira foi quando Rubens Jr e Cajú chamaram a atenção do restante plantel Dragão que Rodolfo era parecido com um jovem Carlos Barroca sem barba. Finalmente sob as luzes da ribalta.
Actualmente estará provavelmente acampado à porta do Estádio da Luz desde o momento em que Fernando Santos decidiu arruinar mais uma época em Lisboa. Procurando mais um tacho, Rodolfo parece ter motivos para sorrir. E Paulo Ferreira já esfrega as mãos de contente.
Passamos agora do terço ao garrafão e falamos de mais uma personagem marcante da bola lusitana. Luís Carlos fez garbo do seu pé esquerdo para espalhar beleza e esplendor em campo, e da mão esquerda para segurar a garrafa de tintol, cujo conteúdo escorregava tão bem pela sua garganta. Provavelmente um dos piores jogadores de sempre a alinhar pelas Quinas, (olá, Skoda!) Luís Carlos destacava-se mais pelo seu ar de papalvo do que propriamente por algo do positivo que tenha alguma vez feito. Numa carreira recheada de altos e baixos, nada ficou mais recheado aquando da sua passagem pelos clubes que lhe deram guarida do que a conta do bar dos mesmos. E para o Luís do Garrafão nada nada nada??
Milovanovic chegou ao Berço da Nação com estatuto de estrela, e cedo confirmou as suas credenciais. Um estratega por referência, Milo servia senhores do nível de David Paas e Riva com colher de ouro. Porém, o problema não era a colher, era mesmo o que esta continha. Paas e Riva desesperavam com tanta parra e pouca uva. Fazendo gala da sua fronha de agente da Gestapo de fama nazi, Milo tentava impôr-se através da sua feiura, visto o futebol amiúde não chegar. Mas até aí foi curto e a bola fez-lhe vistas grossas. Milo, foste grande, apesar de tudo.
Martin, o Pringle, foi dos jogadores mais hilariantes da longa história da bola lusitana. Alto, desajeitado, com a técnica de um central e QI inferior ao número de pontos do Penafiel na Liga 05/06, este ex-carteiro sueco nunca conseguiu levar as cartas ao seu destino, ficando-se apenas por mostrar ao mundo o grande postal que era. Destacado pela imprensa desportiva de Lisboa como a resposta benfiquista ao portista Mário Jardel, revelou-se antes a resposta dos mesmos a Ronald Baroni. O ocasional golo não deu para disfarçar o facto que o clube lisboeta tinha finalmente encontrado um jogador que fosse tão mau no ataque como Jorge Soares era na defesa, contribuindo assim para o equilíbrio do plantel.
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